sábado, 6 de fevereiro de 2010

SERENIDADE!?!?





Ontem, ele eram apelos ao controlo da despesa, ele eram Conselhos de Estado para acalmar as agências de rating, ele eram apelos à coesão Nacional e agora são apelos à serenidade!? – Mas será que a serenidade é a solução para todos os nossos problemas sr. Presidente? – Não terá sido a serenidade a colocar-nos onde hoje nos encontramos?

E depois, enerva-me esta coisa de “ahhhh, eles não sabem o que dizem!!!” em referência ao downgrade das agências de rating e à comparação “desastrada” de Almunia.

Não será isto fruto da imagem que transmitimos para o exterior?

- A imagem de um país governado por um Primeiro Ministro que se comporta como um menino mimado na sua primeira visita ao parque de diversões;
-A imagem do maior partido da oposição órfão, com os seus deputados e militantes todos aos papeis;
-A imagem de um sistema judicial permissível a interesses camuflados em interesses de Estado;
-A imagem de um Presidente da República bipolar, que ora aparece de sobrancelhas cerradas, ora apresenta um sorriso despreocupado;
-Ahhh e não nos esqueçamos da comunicação social... Já repararam na reactividade da nossa comunicação social? A reboque dos engodos, indícios mais ou menos encenados. Mas raramente, muito raramente à procura do que está para além do visível e do aparente. A comunicação social está, sempre esteve refém do poder e, se não é do poder é dos interesses mais ou menos umbicais...

Tudo somado!? Bom, tudo somado dá-nos a ideia de um manicómio, sem sabermos muito bem, quem são os pacientes e quem são os médicos ou seus assistentes...

Sócrates já percebeu, que é intocável... Ninguém lhe pode fazer frente, sobretudo no presente contexto político, económico e financeiro. Talvez por se ter apercebido disso, hoje a arrogância mimada, a desconcertada birrice e as tendências maquiavélicas sejam, a cada dia que passa de mais em mais evidentes.

Não sei sinceramente, onde nos vais levar tanta loucura, tanta incerteza no futuro, mas, uma coisa é certa, não é desta forma, com certeza absoluta, que conseguiremos atravessar esta crise que se agrava a cada dia que passa.

O País, está portanto refém desta situação e, ou há um milagre de um iluminado adepto de rupturas, ou se não continuaremos nesta espiral de descoordenação institucional total, face a uma crise que exige, concertação Nacional, planeamento e muita, paciência. Porque todas as soluções passarão obrigatoriamente por uma revisão do nosso próprio paradigma.

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