terça-feira, 22 de junho de 2010

Prós e Contras - Opinião e Sugestão


Assisti avidamente ao último prós & contras com o título “Visões de Futuro” na esperança que finalmente se fizesse luz. A tal luz que nos falta para iluminar o caminho do Povo de uma Nação sem rumo. Acho que esse aspecto foi o que mais transpirou e, mesmo o que mais tem transpirado dos debates situacionais quanto ao estado do nosso País. Acho que esse esforço de enquadramento da Nação é primordial. Às diferentes visões, opiniões e estratégias tem que se suceder um Plano que será, uma estratégia Nacional, que deverá ser transversal às forças políticas que venham a suceder-se nos desígnios da governação de Portugal.

Portugal e o seu Povo necessitam avidamente de um enquadramento estratégico!
Hoje mais que nunca, Portugal não precisa de divisões... Hoje mais que nunca Portugal precisa que, cada um dos seus cidadãos esqueçam divisões e orientações e que trabalhem todos no mesmo sentido.

Como?

Bom, constata-se que infelizmente a “agenda” da maior parte das forças políticas, não prevê, nem vislumbra prever uma reflexão aprofundada sobre as questões de base da nossa existência enquanto Nação. Preferindo-se remeter para questões meramente situacionistas e reactivas. Estratégia aliás marcadamente de guerrilha política, omitindo, ignorando ou, pura e simplesmente não percebendo a profundidade da crise que nos assola.

Não há, nem se vislumbra haver, no horizonte político Nacional, um partido, um líder, alguém ou, alguma coisa que disponha de capacidade para empreender essa ruptura necessária com a mentalidade política vigente.

Por outro lado, nós... Cidadãos comuns, o povo!? Estão obviamente preocupados com a situação do País, mas estará sobretudo com as atenções completamente viradas para questões de sobrevivência e de subsistência, facto que reduz a sua capacidade de intervenção social e política. Por um lado. Por outro, não sabemos para onde dirigir as nossas forças e opiniões. Que contributo poderemos nós, cidadãos comuns dar aos desígnios Nacionais, como?

Pessoalmente, a experiência na militância política “numa outra encarnação” foi muito confrangedora. Os partidos não são espaço de debate aberto e democrático. Os partidos são sim, um hub de ascensão na notoriedade, prestígio e muitas vezes de subsistência. Só quem comunga dos princípios do partido é ouvido ou, tido em consideração.

Pelo contrário, a necessidade actual é o de nos questionarmos sempre, e de nos pormos sempre, sempre, sempre mesmo a nós próprios em causa. As nossas convicções e orientações.

O que nos resta? Não havendo abertura por parte dos partidos políticos para este movimento de abertura e de agregação em torno de uma vontade comum de Enquadramento Nacional, restam-nos os movimentos sociais! Que serão sempre movimentos em torno de interesses mais ou menos pontuais, regionais ou sectoriais contra a visão mais abrangente de um novo horizonte para Portugal.

Ora, será que nos restará apenas assistir, impotentes, impávidos e serenos ao desenrolar de um filme já gasto de um País que não se encontra e que insiste em cometer transversalmente os mesmos erros, de falta de planeamento, programa ou estratégia?

Não pode ser isso que nos resta!

Escrevo-vos para que colocais na vossa agenda este debate... Não, Portugal não precisa de receitas de sucesso... De mostras de exemplos de empreendorismo... De medidas pontuais! Portugal precisa de se exortar, de se descobrir, de se organizar social e politicamente...!

Portugal necessita que cada um dos seus cidadãos saiba o que fazer, que contributo dar... Portugal e o seu Povo precisa de saber onde está e para onde vai...