domingo, 13 de dezembro de 2009

Diz-se que a esperança é sempre a última a morrer!?

Talvez tenham razão... Eu, pelo contrário não tenho grandes esperanças, no que a Portugal diz respeito!

Vejo o nosso país como uma nação sôfrega, que nos últimos anos tem tentado em grandes movimentos de inspiração, inalar o máximo de ar que é possível, tentando sobreviver por mais uns momentos... Fez e continua a fazer este exercício, como reflexo condicionado de uma sobrevivência há muito condenada.

Portugal está morto de morte anunciada!

Apenas não nos conseguimos ainda capacitar deste facto, porque continuamos a crer no D. Sebastião, em bruxos e mezinhas, em mistelas e receitas de sucesso. Não houve, não há, nem vai haver qualquer receita de sucesso!

O que temos que fazer é tão simples quanto isto: - É percebermos que não dependemos de mais ninguém, se não de nós próprios. É percebermos que a política actual, que não é mais que: “Quem vier por último que feche a porta”, vai servindo de paliativo para nos esconder a sorte que nos foi reservada.

Que sorte é essa?
Bom... Será algo mais ou menos parecido com o que fez Guterres em 2002... “Portugal é um pântano!”... Aliás, o que terão feito os governos de lá até então para que Portugal deixe de ser esse tal “pântano guterreano”? Nada! Portanto... Meus caros, espera-nos quase 8 anos volvidos mais do mesmo, areias movediças e impossibilidade de progressão.

Não é preferível atalharmos caminho?
Que continuarmos nesta agonia desesperante? Não é preferível compenetrarmo-nos da sorte que nos foi reservada. Desculpem. Da sorte que escolhemos? Eu acho que o nosso país, a nossa Pátria, nós, só temos a ganhar se fizermos esse exercício de desconstrução. Antecipemos o que para aí vem. Ganhamos tempo. E depois, é sempre preferível termos uma queda assistida que vivermos mais uma experiência dolorosa sem nenhuma preparação.

Mas para isso, temos que também tomar consciência dos erros cometidos ao longo das últimas décadas. Fez-se muita coisa boa. Tudo aparente! Preocupámo-nos demasiado com o imediato, com as fórmulas fáceis, e esquecemo-nos de que o que realmente interessa, o que interessa a esta grande Nação que é Portugal, é que se tratem as bases, que se pense em estratégias duradouras, em mudanças de base e que se deixe o aparente.

Mudança de mentalidades. Reavivar a capacidade empreendedora. Estimular a capacidade de trabalho. Mudança da forma como nos vemos, enquanto povo e enquanto Nação.

Somos capazes? Claro que sim, apenas precisamos de nos focalizar, de promovermos a camaradagem e a vontade de mudarmos Portugal, agora sim à imagem das nossas capacidades, à imagem do Portugal grandioso que cada português transporta no coração.