terça-feira, 22 de setembro de 2009

Nova Ordem Mundial


É esta a resposta que se prepara contra a inevitabilidade do colapso de todo o sistema financeiro internacional. Mas será esta a resposta que melhor nos interessa; que melhor defende os nossos interesses, enquanto cidadãos?

A resposta a esta questão não pode ser um simples sim ou, não! A implementação deste novo paradigma geo político, geo financeiro e geo estratégico, tem que ser analisada a diferentes níveis, e para que seja possível vislumbrar a luz da verdade, teremos que perceber o fim objectivo de todas as alterações significativas que estão a ser processadas.

A palavra-chave que resume realisticamente toda a estratégia de implementação desta “Nova Ordem Mundial” parece ser a: CONCENTRAÇÃO.

Concentração de poder; concentração de capacidade de decisão. Em termos visuais: cada uma das nações mundiais representa uma pirâmide hierárquica. O que se pretende neste novo paradigma é a criação de uma única pirâmide. Um governo, uma moeda e a anulação de todas as soberanias mundiais.

Todas as Nações subjugadas a um poder unificado.

O sector financeiro foi o meio utilizado para atingir este fim. Estamos hoje completamente subjugados aos interesses e às directivas dos bancos centrais e de instituições financeiras supra nacionais. Que condicionam toda a capacidade de manobra do poder de decisão e consequente perda de soberania.

O Fundo Monetário Internacional tem sido responsável pela implementação deste tipo de políticas nos países do 3.º mundo. Disponibilizando créditos e linhas de financiamento de montantes descomunais a nações e governos mal preparados e sem recursos, contra a implementação de medidas Draconianas de redução de despesas que, em último caso mais não fazem que subjugar as soberanias nacionais aos interesses do serviço da dívida dos créditos concedidos.

O BIS, ou Bank of International Settlements, com sede em Basel na Suissa. É um banco privado que tem desde há longas décadas vindo a ser o ponto de convergência e de controlo nas políticas financeiras e monetárias dos países ditos desenvolvidos.

Durante a última reunião dos G20, em 2 de Abril do corrente ano, este banco foi formalmente ligado à criação do Financial Stability Board (FSB) orgão global que zelará pela estabilidade financeira global. Com capacidade para intervir directamente em estratégias de política interna e inclusive em decisões relevantes ligadas às empresas do sector financeiro.

Portanto, o que vemos em apenas estes 2 exemplos:
Primeiro: - que o sistema financeiro tem vindo a tomar tal protagonismo e, que esse protagonismo tem absorvido sistematicamente a soberania económica e financeira e consequentemente política das nações mundiais.
Segundo: - estamos a assistir uma convergência de poderes que finalmente nos conduzem à criação de uma pirâmide hierárquica a nível global.

A questão base, é saber-mos o que realmente pretendemos para o futuro dos nossos filhos. A manter-se a implementação desta “Nova Ordem Mundial” não será senão, mais do mesmo. Ou seja, a continuação da supremacia do poder do sector financeiro, contra os interesses de cada cidadão de cada uma das nações soberanas.

Não sei! As peças deste puzzle ainda estão de tal forma dispersas, que não consigo sequer dispor de uma visão global do está a ser proposto e implementado. Apenas sei que, quanto maior for a dita pirâmide hierárquica mais longe estaremos de ser protagonistas na construção do futuro dos nossos filhos. E portanto, longe de ser comunista ou anti-globalização começo a questionar-me sobre o que realmente se está a passar, sobre as nossas cabeças.

Hoje a militar, seria militante obviamente de uma ruptura do presente paradigma financeiro a favor de uma nova ordem, onde fosse restituído o poder que deixámos de ter e exercer enquanto cidadãos de nação soberana. Militaria contra a subjugação dos nossos interesses aos interesses de um sector financeiro cada vez mais centralizado e elitista.

Obviamente que tenho consciência da nossa escala, capacidade e força, face ao que de gigantesco se está a preparar. Mas não podemos esmorecer, não por nós, mas por aquilo que gostaríamos de legar aos nossos filhos.

1 comentário:

  1. sei que isso vai aconteçer mas se deus é por mim nada e nem niguem vai acabar com a minha alma

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